segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Recicle suas ideias: o lixo tem solução!


Nunca produzimos tanto lixo como temos produzido nas últimas décadas. Naturalmente, o processo industrialização trouxe uma produção em grande escala de novos objetos e uma mentalidade de consumo exacerbada à sociedade, que passou a consumir cada vez mais daquilo que nem sempre se precisa. E aí, com mais coisas novas sendo produzidas, maior o consumo delas, e a substituição das coisas velhas pelas novas é inevitável; assim como a produção - na verdade, transformação – das coisas velhas em lixo! Não há como não produzir lixo, mas existem maneiras de diminuir essa produção exagerada.


Vangloriamo-nos por sermos racionais quando comparados aos outros animais. Entretanto, se pararmos para pensar – “poder supremo” - no quanto desperdiçamos, veremos que não utilizamos tanto assim daquilo que nos difere dos outros animais. Nosso lixo é prova concreta do quanto desperdiçamos. O pior de tudo é que isso não nos preocupa - o que é mais irracional ainda. Ah, mas é claro que existem pessoas preocupadas com o meio ambiente e tentando desperdiçar o mínimo – meus parabéns, caso você seja um destes. No entanto, é preciso que todos se conscientizem, pois mesmo que eu e você façamos nossa parte, se houver outros que não façam, todos serão afetados! Pequeno parêntese: (Perceba, eu não disse que não adianta eu e você fazermos a nossa parte se outros não estão fazendo; eu disse que todos serão afetados se isso acontecer, mas se eu e você fizermos nossa parte, caberá ao outro fazer a dele, para que assim haja uma solução para o problema do lixo). Pera, não, ficou grande! :P

Vivemos em uma sociedade onde tudo o que não nos serve mais é sempre jogado no lixo. Quanto mais consumimos, mais objetos passam a não nos servir mais. O problema disto é que quando jogamos qualquer coisa no lixo, essa coisa não deixa de existir – a lata de lixo não é uma caixinha mágica, não faz as coisas sumirem do nada. A partir da lata de lixo, aquilo que jogamos pode tomar destinos próprios ou impróprios. Dependendo de como a coleta será feita – isso se é feita – o que poderia ser reaproveitado já não poderá ser mais, a não ser o reaproveitamento feito por pessoas que vivem em condições desumanas nos lixões – que mostra que o lixo é um problema, além de ambiental, social e de saúde.

Assim como nunca produzimos tanto em lixo como nas últimas décadas, também nunca ouvimos falar tanto em reciclagem e reaproveitamento de materiais como nos últimos anos. A reciclagem tem se apresentando como umas das alternativas que se propõe a amenizar o problema do lixo nas grandes cidades. Transformar “lixo” – que nem sempre é lixo de fato – em novos objetos/produtos, a serem reutilizados, é uma ideia simples e brilhante! Olha só alguns benefícios da reciclagem: preserva o meio ambiente; gera empregos; produz novos materiais/objetos/produtos; diminuição e a prevenção de riscos na saúde pública; entre outros.

Além da reciclagem, aliás, primeiramente (e eu até já citei no começo do texto =P), a ideia de conscientização da população – até mesmo para que a reciclagem venha a ser uma alternativa de solução - é a medida mais adequada para se ter resultados significativos mais a frente.  Você pode até achar que é impossível que todos consigam se educar e se conscientizar a, por exemplo, fazer coleta seletiva – eu também acho; mas o mínimo que podemos fazer é começar por nós e incentivar aos outros. Se reduzirmos os desperdícios, reutilizarmos o máximo possível e separarmos o que pode ser reciclado daquilo que não pode, acumular-se-á menos lixo e, consequentemente, teremos cidades muito mais cuidadas e que proporcionam bem estar para se viver. Fica a dica, manolos e manolas!  

domingo, 19 de agosto de 2012

Árvores da Violência


Meia hora depois de observar a tela em branco aqui, percebi que talvez estivesse caminhando para mais um texto de caráter pessoal. Mas ao mesmo tempo não posso deixar de atentar para o risco de acabar me repetindo. Afinal só o que importa são os temas cujos meus problemas tem relação? Certamente que não. Existe muito mais coisa por aí. O mundo é muito maior e muito mais plural do que imaginamos. Nada mais sensato, portanto, do que começar a escrever sobre algo que realmente fará diferença nessa sociedade.

Dia desses, em uma aula da faculdade, um professor deu uma aula espetacular. Mas ao mesmo, eu não me lembro de ter saído tão deprimido de uma aula. Por mais sensacional que tenha sido, ela proporcionou o chamado choque de realidade. Um daqueles momentos não muito legais, que você percebe que o mundo é um pouco mais feio do que você pensava. E isso lhe tira as esperanças.Não por coincidência, a semana foi envolvida por inúmeros casos de violência urbana (que meio que era o tema da aula, embora não explicitamente). Assalto, homicídios, coisas terríveis acontecendo em todo lugar. E lembrei que o que me tirou as esperanças, foi por ter ficado muito claro que não existe solução imediata para essa questão. Aumentar o tempo de pena pelo crime não vai impedir ninguém de continuar roubando e matando. Existe a maior fiscalização e policiamento. Isso resolve, mas não resolve tudo.

Imaginemos algumas sementes como sendo a fonte da violência. Ela são implantadas em certos lugares, e então germinam. Com o policiamento e fiscalização, só se garante que os galhos das árvores não invadam nossas janelas, nossas casas. Mas elas vão continuar lá, imponentes. O que se tem que impedir, é que as sementes sejam plantadas. O que é muito difícil, porque as árvores da violência dão frutos, e deles, caem novas sementes. São muitas para que sejam erradicadas de imediato. Leva tempo, trabalho, dedicação. 


Levando esse exemplo para a sociedade, basta dizer que não adianta entrar metendo bala nas favelas, ou nos bandidos da rua. Isso é catártico para nós, cidadãos revoltados. Mas não resolve. O que precisa, é de uma mudança de conscientização, mudança de costumes, mudança cultural. Pessoas roubam porque não têm. Não têm porque não conseguiram achar meios honestos para ter. Que meios honestos seriam esses? Dinheiro. De onde vem o dinheiro? Do trabalho!! Mas essas pessoas mal estudaram, como então ter um bom emprego? A sociedade exclui. E elas são aquelas que ficaram excluídas das possibilidades. Depois de passar uma semana sem comer, sendo tratado com desprezo pelas pessoas que passam do seu lado, você quer mais é que se dane. Você vai roubar. A sociedade não se importa com você, então você também não vai se importar mais com que a sociedade pensa.

Para ter um castelo da paz, você precisa de bases. Precisa das fundações. Elas ainda não existem. É preciso investimento em educação e emprego para as pessoas desde agora. E isso mirando uma mudança significativa para daqui a 20, 30 anos. NADA será resolvido de imediato. Pessoas precisam de emprego e de estudo. Para poderem ganhar dinheiro, para não precisarem roubar.

O nosso futuro é a nossa luz no fim do túnel. A paz que tanto buscamos chegará tardiamente, mas chegará de forma plena. Nós jamais podemos nos entregar, nem ficar impotentes diante do mal presente na sociedade. Não iremos desistir jamais. Mas temos que saber que nossa luta será dura, e será demorada. Com a violência, nunca se promoverá a paz. Pelo menos não uma paz completa. Mas transformando as fundações do mal, em fundações do bem, aí sim, teremos bases fortes.

Por mais que o mal seja mais exposto nos noticiários, por mais que a violência, a miséria, venda mais jornais, é pelas notícias de boas ações que eu me emociono mais. Podem haver 20 manchetes ruins. Mas umazinha que seja, de uma boa ação, é capaz de me fazer sorrir e restaurar minha fé na humanidade. O mal tem hora para acabar. E o bem não para nunca de crescer.

Só para terminar, deixo o link de uma música que não consigo parar de ouvir. Ela é de Edy Rock, dos Racionais MCs, e tem a participação especialíssima de Seu Jorge, no refrão. Ela se chama "That's My Way":

"Eu gosto de pensar que a luz do Sol vai iluminar o meu amanhecer. Mas se na manhã, o Sol não surgir, por trás das nuvens cinzas tudo vai mudar! A chuva abraçará e o berço vai se abrir. A luz de um novo dia sempre vai estar pra clarear você, pra iluminar você, pra proteger, pra inspirar e alimentar você."

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Negócio da Fé - Picaretas do Evangelho!


Antes de começar a falar sobre o que quero postar – e só pra constar, pois acho necessário dizer – sou cristão evangélico. Agora, vamos lá...

Infelizmente, existe um evangelho pervertido, destituído da glória de Deus e do evangelho verdadeiro, faturando dinheiro com dízimos e ofertas, que prega prosperidade material, dizendo aos seus seguidores que por serem filhos de Deus têm o "direito" de comprar as bênçãos que quiserem.


Saca só as baboseiras que estes caras – manipuladores da fé, artistas do púlpito – falam por aí:
 -  Que enfermidade é sinal de pecado, e que o cristão fiel não adoece! – É tão tosca uma coisa dessas que não dá nem pra perder tempo criticando.
 -  Que cristão não pode ter tribulações na vida, e se tiver é porque alguma coisa está errada! – Geralmente, eles dizem logo que você não tá pagando o dízimo! 
 -  Que todo cristão nasceu pra ser rico (no sentido material mesmo)! – Pedem logo uma oferta e dizem que depois você receberá tudo multiplicado por Deus!
-  Que se alguém não é curado na igreja, a culpa é da falta de fé do fiel! – Se eu fosse membro de uma instituição assim, reclamava logo meus direitos de consumidor. Paguei, agora quero a cura!
  

É sério: um tempo desses tinha uma instituição religiosa vendendo terrenos/pedaços de terra do céu! – Se bobear tinha até stand de vendas igual desses condomínios dentro da igreja. Até seria legal comprar um terreno no paraíso, isto se a rota do caminhar dessas pessoas realmente chegasse até o céu e não no inferno (cômico). Alguém que está lendo já deve ter ouvido falar nessa história, chega a ser uma piada, mas aconteceu mesmo e ainda deve acontecer. Enfim, essas e outras  mentiras têm sido contadas e, o pior de tudo, aceitas cegamente por muitos.

Às vezes me pergunto o porquê de tanta gente ainda ser enganada por picaretas religiosos. Certamente, a resposta está no fato de nosso país ainda caminhar lentamente no processo de educação do seu povo. Melhoramos, é claro – piorar seria tarefa difícil. Porém, ainda há um árduo caminho a ser percorrido para chegarmos ao ponto em que todos tenham a oportunidade de se desenvolverem socialmente, conquistando também senso crítico para, assim, ter um melhor discernimento entre aquilo que é verdadeiro e aquilo que é falso - picaretagem, enganação!
   

Outro fator pra tanta gente cair no papo desses safados é o que já ouvi diversas vezes falarem: que “crente” é alienado e não pensa – (crente entre aspas, porque todo mundo crê em alguma coisa, até mesmo quem é crente que não crê em nada). No entanto, quem foi que disse que Cristão não pode pensar? Não só pode como deve pensar e refletir sobre tudo o que se ouve de alguém que tem um microfone na mão e, muitas vezes, espera ser aplaudido pelo que diz e ainda receber por isso. Sim, estou falando dos pastores! Não, não são todos, aliás, penso que os charlatões são a minoria (que é muita coisa, haja vista o número de “igrejas” evangélicas terem crescido no Brasil e, consequentemente, o de “pastores” também). Não obstante, eles existem e estão aí doidinhos pra arrumar uma fonte de prosperidade – pra eles, é claro! Então, Cristão que se preze tem que pensar, até mesmo pra não ser confundido por mentirosos sobre o que está na Bíblia. 
    
O evangelho da prosperidade, perverso e ganancioso não é o evangelho que Jesus viveu e nos ensinou. O verdadeiro evangelho, que está na palavra de Deus (esta postagem não é sobre se você acredita que a Bíblia é a palavra de Deus ou não), está sendo violentado e falsificado por mercenários desprovidos de temor a Deus, para atender caprichos e contas bancárias dos mesmos. Então, peço a você que não se espelhe e não julgue o verdadeiro evangelho por conta de um “evangelho” pervertido e sujo que você conheceu ou soube por aí que existe. Não generalize!

"[...] A Igreja arrancou o sino
O homem esqueceu o menino
Fez castelo de ouro e prata e perdeu a vida 
[...] Eu passei por aquele palco
Vi um grande homem fardado
Que gritava ao povo: "dinheiro!"
Sem piedade" 
(Deus, onde estás? - Palavrantiga)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vulnerabilidade, depois a cura.


Não existe nada mais universal do que os problemas. Todos tem problemas. É natural que se tenha problemas. Mas um aspecto interessante: por vezes, é saudável que se tenha problemas.
Comum demais é ouvir a galera falando: "é apanhando que se aprende". Tudo muito lindo. Compartilha no face, ganha vários "curtir" e ainda uma leve imagem de amadurecimento. Mas o detalhe é que esse "apanhando", a peia que a que ele se refere, não é nem de perto tão simples.
Não se engane, você que tem carro, pega trânsito, e tira foto do trânsito postando no face, dizendo que não aguenta mais (você esqueceu do detalhe que está dentro de um carro? Esqueceu que a maioria das pessoas pega ônibus, e enfrenta muito mais tribulações que você?). Você reclama porque o papai ou a mamãe não te deixou fazer isso ou aquilo. Você, que tem todas as condições do mundo para estar bem, mas por algum motivo, resolve dizer que sua vida está um tédio.
Não se engane! As pessoas tem problemas REAIS! Problemas que lhes tiram as forças! Problemas que fazem com que elas se sintam presas em escuridão, e sem esperança. Problemas que as fazem duvidar de tudo, da vida, do trabalho, dos amigos, de tudo! É a isso, que o "apanhando" do ditado se refere.

São PROBLEMAS. São um muro aparentemente intransponível. Algo do qual não se pode fugir. Mas as pessoas precisam enfrentar. Elas, que sabem por bem, que desistir é a última das hipóteses, se esforçam. Batalham. Vivem o dia-a-dia naquele problema. Eventualmente ele fica no passado, e elas então os superam. Daí tiram o conhecimento, a sabedoria, para evitar aquele erro na próxima vez que ele sugir. Seja para desviar dele, ou para não cometê-lo novamente. E daí vem o "aprender" do ditado.

Falarei algo simples. É apenas reconhecendo que se está sofrendo, que se está mal, que uma pessoa pode definitivamente melhorar. É muito difícil que alguém esteja usando uma armadura, dizendo para si mesmo que está bem, mantendo o orgulho em alta, começar a melhorar. É preciso aceitar. "Eu estou mal". Aceitar que tem um problema. Aceitar que as coisas não estão bem. Aceitar que algo foi feito de errado, seja de você ou de outros. Aceitar o fracasso ou a falha. Se houver medo, aceitar e abraçar esse medo. Abraçar sua própria vulnerabilidade. Reconhecer que é preciso a mudança, e que agora o processo deve se iniciar do zero. Reconhecer que aquilo é aprendizado, sabedoria. Não se pode aprender se você que sabe de tudo.

Uma vez que se está vulnerável, que se reconheceu e abraçou o próprio fracasso, ou a própria decepção, ou o próprio medo, se pode finalmente seguir em frente. Agora você tem a sabedoria que você reuniu. Você sabe onde errou. Ou sabe de onde a pancada veio da primeira vez. Desviar dela será mais fácil. Você já sabe mais do que sabia antes. Você está mais ágil do que estava antes. Você tem o macete agora. E como isso tudo foi possível? Porque você se permitiu aprender!

A vulnerabilidade abraça outras tantas características. Aceitar que você está com medo e paralizado, é aceitar a própria vulnerabilidade. Aceitar que você errou, também. Aceitar que você foi machucado por outra pessoa, e ficou sem reação, ferido, também. Agora que você reconheceu isso, o aprendizado e a experiência vem à tona. É preciso sair do próprio caminho, abandonar o ego, abandonar o orgulho, para aceitar que você precisa aprender com os problemas, para só assim superá-los.
E assim, você pode finalmente dizer "é apanhando que se aprende" e entender cada mero detalhe do significado dessas palavras.

Eu não sei de nada. Acredito que ainda não enfrentei os maiores problemas que a vida poderia me trazer. Mas enfrentei menores, porém significantes. Problemas que me machucaram muito. Não posso mudar o que aconteceu. Mas certamente não vou cometer os mesmos erros de novo, nem irei me permitir cair nas mesmas armadilhas de novo.

Devo ressaltar. Após tudo isso, você não precisa ficar se achando o "Sr. Experiência", e se considerar o grande mestre ansião que ensinará aos seus pupilos a verdade. Não faça isso, pois não terá superado coisa alguma. Apenas fique feliz por si mesmo, e parta para a próxima. Na humildade, sempre. A única pessoa que precisa saber do seu progresso é você. Os outros, os que sempre lhe amaram, ou seja, os únicos que realmente importam naquele mometo, vão continuar lhe amando de qualquer jeito.

Então deixe de lado seu ego. Remova essa armadura velha e enferrujada. Retire todo o orgulho de dentro de você. Abrace sua própria vulnerabilidade, reconhecendo seus medos e seus erros. E então a cura virá naturalmente.

E obrigado pela paciência, por ler um texto tão longo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Êta preguiça!


Essa postagem não seria postada - nem eu me entendo às vezes - mas é especialmente para os preguiçosos. Na boa, até vocês têm vez aqui com a gente! Aliás, vocês/nós. Tem dias que todos nós estamos assim. Preguiça é um estado de espírito, sério mesmo, na boa!  

A postagem de hoje - que agora vai ser a próxima - seria razoavelmente grande, tava preparada. (Pra nós e alguns nem seria considerada grande, porém geralmente é o que dizem de textos que passam de 4 parágrafos). Mas, vamos deixar a próxima pra próxima. Hoje, como eu disse, vai ser postagem para os preguiçosos - que podem ser todos; ou nem todos; ou quase todos; ah, pode ser qualquer um...

Antes que pensem que eu estou preguiçoso hoje, eu afirmo logo que estou mesmo! Porém, na verdade - e como uma imagem fala mais que mil palavras...

   


Continuando...
A preguiça tem 5 sintomas, saca só quais são:



Pra finalizar a postagem, e pra você se reconhecer ou não como um preguiçoso, vai aí a regra   mais importante dos preguiçosos:   


O pior de tudo é que a postagem acabou ficando grande - hahahaha! Valeu, manolos e manolas, por hoje é só - na verdade, foi muito, eu sei :P  

domingo, 5 de agosto de 2012

Sempre juntos!


A amizade nos torna mais humanos! Sim, mais humanos, pois somos seres sociais - quer dizer, tenho dúvidas quanto alguns, mas não vem ao caso - e, por isso, temos a necessidade de nos relacionarmos com outras pessoas para que, assim, possamos exercer nosso potencial humano por completo. Mas, o que realmente é a amizade? Na boa – sériozão, manolo e manola - pra mim: é um sentimento que respeita as singularidades de cada um e colabora para que aqueles entrelaçados por esse sentimento, juntos, sejam mais fortes do que quando separados.

Mais do que possibilidade de diversão, ter amigos é uma forma de manter a saúde em dia - é sério! Saca só: Epicuro, filósofo grego da antiguidade, foi um dos sábios que mais teve amigos, e apesar de ter uma saúde frágil, mantinha sua saúde em dia sempre vivendo alegrias com amigos... e viveu bem mais do que o esperado. Mesmo quando veio a falecer, isto ocorreu com ele brindando uma taça de vinho com seus amigos. Para o próprio Epicuro: “Embora não altere o sofrimento nem possa evitar a morte, a amizade ajuda a suportá-la”.

Hoje, muitos, por viverem na “vida moderna”, criam ‘n’ dificuldades para arranjar tempo para os amigos; estão mais preocupados com seus objetivos de vida. Talvez, isto explique - mas não necessariamente - a grande quantidade de pessoas que hoje frequentam consultórios de psicólogos e médicos com: sensação de estar sozinho, medo de se relacionar e, no pior dos casos, com depressão. Todos esses problemas talvez – quem sabe; não custa tentar - pudessem nem existir se as pessoas deixassem de almejar apenas seus interesses e ambições, e se predispusessem a compartilhar e viver experiências com outros, sem qualquer interesse particular. Simplesmente, aceitar e viver a amizade enquanto um dos sentimentos mais puro e uma das relações mais leal que exista.   

Infelizmente, percebe-se, no atual contexto social, que já não importa ter amizades autênticas, mas relacionamentos úteis. E nesse tipo de “amizade” – devo enfatizar que não é - sempre existem objetivos alheios à reciprocidade amiga, que acaba por condicionar a relação. Com isso, os laços humanos tornam-se cada vez mais frágeis e efêmeros. Porém, é como Luís Fernando Veríssimo disse: “Amigos são melhores do que gente influente”. Concordo plena e perfeitamente com o cara. Amigos verdadeiros estão com você sem esperar nada em troca - NADA. Além disso, é muito mais gratificante para qualquer pessoa ser levado pelo sentimento natural e honesto que é a amizade do que ser movido por interesses desleais, onde o outro é reduzido a um mero “objeto-instrumento” de um objetivo a ser alcançado.


Amigos verdadeiros são aqueles que passam por muitas aventuras e desventuras com a gente, que estão em cada momento bom e ruim de nossas vidas, sempre nos apoiando e pronto para nos estender a mão. Essa é a verdade: eles estão conosco pelo que somos e não pelo que temos! E seja por perto ou distante, seja nas memórias ou no presente, amigos são sempre amigos. Porque, quando verdadeira, a amizade transcende as barreiras de tempo e distância, forma laços invisíveis e nunca é apagada da memória. E ser amigo é estar interligado ao outro independentemente do caminho que cada um irá seguir, é compreender que nenhum amigo é perfeito, mas ainda assim gostar de conviver com seus defeitos. Faça amigos! Cultive a amizade! Faz bem pra você; faz bem pra vida!

O tempo passa, as coisas mudam, a vida se transforma, contudo os amigos ficam, mesmo que seja nas recordações, mesmo que seja em nossos corações.

O poder de destruir e o poder de reerguer.

Mulheres, vocês têm um poder real sobre nós.

Não o de comandar, não o de dar ordens. Mas vocês têm grande poder sobre nossas forças, nosso ânimo, nossa auto-estima, nossa felicidade. Por mais que façamos as maiores besteiras do mundo, que destruamos tudo que temos, que façamos tudo de errado, se vocês disseram: "ei, calma. To contigo.", já é o suficiente! Toda a força volta para nossos músculos, o sangue corre mais forte nas veias, e o ânimo volta pleno e vigoroso, e de repente nós nos tornamos super-heróis, dispostos a fazer até mesmo o impossível. Sim! Vocês têm o poder de nos reerguer, quando nada mais consegue fazer isso. Refiro-me claro às mulheres que amamos, nossas parceiras. Vocês, que são nosso porto seguro.
Devo (preciso) mencionar que sou um indivíduo de muita sorte. Eu encontrei meu porto seguro, que me enche de coragem, de forças e de felicidade. Sou muito grato a Deus por isso. Mas presenciei uma situação extremamente desconfortável, em relação a outro casal, que me fez pensar, refletir. Refleti que uma mulher talvez possa salvar e iluminar a vida de um indivíduo, mas também pode acabar totalmente com a vida dele.

Na mesma intensidade, mas numa maneira negativa, está em suas mãos, mulheres, o poder de destruir. Ele é mais normalmente exercido de forma inconsciente. É o que ocorre, quando, ao primeiro sinal de problema, nós vemos aquela que nós amamos querendo abandonar o barco. É o que ocorre quando ao demonstrarmos nossos medos e fraquezas, coisa natural de se fazer a quem amamos, somos respondidos com imediata decepção e insatisfação. É o que ocorre quando não importa o que se tente fazer, essa insatisfação em relação a nós não vai embora. Isso nos abala, nos tira as forças. Nossas bases de sustentação nos são tiradas, e então nós caímos, e caímos feio. Que fique claro, ninguém é forçado a gostar de outra pessoa. Se não ama, não ama. Se não se apaixonou, tudo bem. Mas o que não se admite, é abandonar o barco quando o outro se encontra em momento de fraqueza. Pessoas erram, pessoas passam por problemas. Pessoas têm medo, e pessoas decepcionam. Querer sair fora durante estes momentos, pois "esperava outra coisa" do relacionamento, é egoísmo simples e puro. Namoros não são sempre cheios de emoção, de momentos felizes, de aventuras ao por do sol, de surpresas a cada minuto. Eles têm a sua parcela destes momentos. E eles são maravilhosos, inesqueciveis. Nos fortalecem. Mas namoros também têm suas parcelas de momentos ruins, chatos, frustantes. Assim como o Sol nasce todo o dia, é certo que esses momentos virão. E aí, vai sair fora na primeira dificuldade que aparecer?

Na verdade, penso que não sei quase nada sobre relacionamentos, pois só sei o que eu vivenciei até agora. Sou um novato, que pensava que entendia das coisas. Mas penso também que tenho bem definido algo que considero excelente tipo de relacionamento. Não um em que eles têm os mesmos gostos, os mesmos pensamentos, as mesmas características. Não um que se pareça com filmes épicos de romance, ou mesmo com "Diário de uma Paixão", mas sim aqueles normais, em que os dois são parceiros, cúmplices, companheiros, acima de tudo, não importando as diferenças. Aquele em que, quando o cara faz alguma bobagem, ela tá lá do lado, apoiando, ajudando-o a se reerguer. Aquele em que, quando so tempos estão difíceis (e todos os relacionamentos passam por tempos dificeis), os dois se unem ainda mais. Mesmo que estejam fisicamente afastados. Se unem a uma idéia. À idéia de que os dois juntos, significa mais para eles do que cada um deles sozinho. Se unem ao fato, de que embaixo de toda aquela dificuldade, eles se amam profundamente. E é isso que eles precisam lembrar, quando as coisas ficarem ruins. Precisam se lembrar do porque eles estavam juntos, em primeiro lugar.



Não existem namoros perfeitos, desprovidos de problemas. Mas também existem aqueles em que parece que só um dos lados está namorando de verdade, se esforçando, enquanto o outro está de barriga pra cima, reclamando de tudo. Você, que só diz que tudo está ruim, que as coisas não estão como você quer, tente ajudar a consertar também. Se esforce também. E se mesmo assim, não der certo, então não deu. Coisas da vida. Alguns dão certo, outros não.

Mas não OUSE ficar sentada reclamando de tudo, enquanto o outro faz todo o trabalho. Lembre-se que o outro é uma pessoa com sentimentos, que nem você, que se machuca, que chora, que se magoa, a cada momento de reclamação da sua parte. Lembra do poder de destruir, e o poder de reerguer? Não se esqueça que, se você ficar o tempo todo dizendo que está cansada e insatisfeita com as coisas, daqui a pouco, todo mundo vai estar cansado e insatisfeito com você. E aí todos irão embora. E você vai ficar exatamente aí onde você está, sozinha. Que tal evitar isso?

Uma boa, não?





sábado, 4 de agosto de 2012

Os bons são maioria...será?


Com tanta sujeira/podridão que evidenciamos diariamente na nossa política – tomei a política como exemplo por tudo o que você que está lendo sabe - às vezes me pergunto se nós, brasileiros, somos corruptos por natureza. Será que existe algum gene que predisponha todo brasileiro à corrupção? Isto talvez seja o que muitos pensam, pois está cada vez mais difícil encontrar honestidade nesse dia-a-dia marcado de ganhos e perdas nas relações - desde o trato social, até acordos que envolvem mais do que apenas a lealdade.

Se uma pessoa acredita realmente que todos brasileiros são corruptos, é porque esta pessoa se encaixa perfeitamente na afirmação que ela propôs, ou eu entendi errado? – Será que somos todos corruptos, menos ela?  

Pois bem, prosseguindo, acredito que o egoísmo é parte natural do homem, todos somos egoístas – uns muito, outros nem tanto – não querendo entrar no mérito de que isso, necessariamente, seja ruim ou bom. (Geralmente se fala “bom ou ruim”, mas eu não gosto muito de seguir o comumente utilizado, você já deve ter percebido, mas também nada a ver eu ficar falando isso, enfim – era só um parêntese, agora fechado). Continuando... Apesar de acreditar no egoísmo do ser humano, isso não me faz crer que o egoísmo seja responsável, por exemplo – e por estarmos falando dela – pela corrupção!

Acredito que corromper ou ser corrompido – eis aqui uma questão filosófica: será que Hobbes estava certo? Ou será que Rousseau tinha razão?  - não depende da essência do ser humano, porém, sim, dos valores conquistados e desenvolvidos na construção do seu eu. Então, não creio que o brasileiro seja intrinsecamente corrupto e amoral, principalmente, se os exemplos para demostrar que o brasileiro é corrupto forem os políticos destituídos de caráter (quase todos, eu disse: quase todos) ou, então, qualquer outra pessoa que pratique atos corruptos por falta de valores (ou de valorizar seus próprios valores). Se pararmos para pensar, não se pode  atribuir a todos da sociedade um (des)valor adquirido por pessoas que, antes de tudo, não têm caráter, e muito menos, vergonha na cara. Não obstante, devo concordar que...


A sociedade não é homogênea, então, lembre-se que nem todos fazem parte da imensa parcela  corrupta. Um dia desses saiu nos noticiários televisivos, impressos e virtuais, que um casal de mendigos encontrou uma quantia grande de dinheiro – R$20.000,00 (vinte mil reais) - e resolveu entregar para a polícia, que devolveu ao dono. Quando entrevistado, o mendigo disse que nunca ficaria com nada que não fosse dele, porque isso seria ir contra os valores que ele aprendeu desde cedo, ensinados por sua mãe. (Teve gente - muita gente - que, com certeza, achou que isso foi coisa de otário. Teve outros que se espantaram com tanta honestidade que não conseguiam acreditar). Mas, o que seria isso? Um sinal de que ainda existem pessoas honestas, que atribuem aos seus valores e caráter uma importância maior pra suas vidas do que dinheiro e vantagens? Esse fato e muitos outros casos ocorridos no dia-a-dia, quase nunca figurando em páginas de jornal, são provas concretas de que nem todos que vivem em uma sociedade falida de valores - onde noticiar corrupção atrai mais do que noticiar atos nobres de honestidade - são corruptos. Os bons são maioria... tenho razões para acreditar? 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aê fessô: tamo junto!


Não é novidade que a mídia não está nem aí pra questões sociais e políticas. Na verdade, além dela está pouco se importando com o conteúdo transmitido – tendo audiência, tá tudo filé – importa-se menos ainda quem está no poder – que não é novidade também (e se for uma nova pra você... “cara, te esperta”) - já que pra eles é bom que sociedade consuma porcarias, pois isso impede uma consciência social e política, além de tornar as pessoas mais preguiçosas e customizadas a pensar (na verdade, a não pensar) conforme eles querem. No entanto, não vamos nem entrar nesse mérito que expus linhas anteriores – escrevi (digitei) só pra deixar claro que isso existe e está ligado ao que vamos falar – e vamos falar hoje da greve dos professores das universidades federais desse Brasilzão véio de peia.    
  
Não vou fazer muito rodeio, já que todos sabemos – pelo menos, espera-se que sim - que boa parte (quase todas) universidades federais estão em greve. Vou logo direto ao ponto e dizendo o que penso sem “lero-lero”:

Pra início de conversa: eu e o blog – não que sejamos importantes (haha), mas de qualquer forma “falamos” pra vocês que estão lendo - apoiamos a greve! Aliás, a maioria dos estudantes está com os professores. Não, não é porque eles não querem aula. Sim, é porque realmente estão ligados que os professores merecem respeito!  


Eu penso que enquanto professor for (des)tratado com a ingratidão que hoje está estampada no salário e nas condições de trabalho de cada educador, nosso país do futuro nunca será! Aqui, os políticos esbanjam suas mordomias, aumentam seus salários a cada ano e brincam com dinheiro público e ninguém diz nada – Ah, porque um compartilhamento no facebook de indignação política é muito né? Tá bom então... todo mundo faz alguma coisa pra melhorar – na eleição então né?! Mas, continuemos... Se os professores, que são tratados sem o mínimo de dignidade e respeito, pedem aumento de salário e recorrem, pra que isso aconteça, a uma greve da categoria, muitos ficam indignados pelo prejuízo que isso pode causar – quanto prejuízo comparado ao que nosso governantes já nos causaram e causam, inclusive, com o descaso com a educação, ô meu Deus!

É óbvio que investir na educação não é apenas remunerar bem os educadores. No entanto, já seria um grande passo, um avanço significativo no quadro atual da educação pública (mais precisamente), um renovar da esperança de termos um país desenvolvido de fato: tanto no âmbito social, político e cultural, quanto no próprio quadro econômico mundial que tanto o Brasil faz questão de estar entre os mais “ricos”, esbanjando ser uma potência - quem dera nosso país fosse tudo o que pensam aí fora. 


Enfim, os formadores naturais de todas as outras profissões não merecem - não podem - ser tratados com tamanho descaso e desrespeito que são, digo mais uma vez, destratados hoje. Aliás, ninguém! Receber condições  mínimas de trabalho, ser bem remunerado com um salário que seja compatível à tamanha responsabilidade desses educadores – muitas vezes, não apenas de alunos, mas de filhos e pais, se é que me entendem -  e ser tratado com dignidade não é um favor que o Estado estará fazendo, É OBRIGAÇÃO! O que esperar de um país que não investe em educação, que não valoriza os formadores de seus cidadãos, que pouco se importa com o futuro da sua nação? Se você ainda espera alguma coisa, sem que seja necessário mudanças... é melhor esperar deitado, pegar no sono e sonhar! 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Não seja um chato.

Você certamente conhece alguém que só curte aquilo que é underground, alternativo, ou ao menos tudo aquilo que não seja mainstream. Ou talvez você mesmo seja assim. Sem problema algum. Eu sei que eu já fui assim, e eu era do tipo mais radical.


Eu sou um amante da arte. De músicas e filmes, principalmente. E já tive minha época xiita, de odiar tudo que tocava na rádio, de odiar tudo que os outros gostavam. Devo afirmar que incomodei muita gente, e perdi muitas chances de amizade, sendo desse jeito. Mas era naquilo que eu acreditava. Eu tinha o gosto certo, e eles, o errado. Mas os anos passaram, eu fiquei um pouco mais velho, mais maduro, e não consegui dar prosseguimento à minha fase rebelde.

Graças ao bom Pai.

Hoje, percebo que perdi muita coisa. Muitas coisas para as quais eu fechava os olhos, e que hoje ao dar uma chance, me apaixono instantaneamente. E as abraço sem nem pensar duas vezes. Vejo que se tivesse sido menos seletivo, menos calculista, menos xiita, menos revoltado, ou seja, um cara MENOS CHATO do que eu era durante a infância e adolescência, provavelmente teria me divertido muito mais. Mas tudo que fiz ou deixei de fazer, fizeram com que eu me tornasse o que sou hoje, e hoje sou muito feliz. Então nem me arrependo, tá tudo certo assim.

Mas o ponto que quero chegar, é que ser seletivo em relação à arte, é algo muito chato. E muito desinteressante para todos à sua volta. Assista tudo que puder, e ouça sem preconceito. Se você não gostar, então não gostou. Mas experimente! As suas bandas e filmes desconhecidos de agora, se tornarão conhecidos depois, e aí? Vai parar de gostar deles?
Você acha que bandas que você tanto critica como Linkin Park ou Red Hot Chili Peppers, já começaram no mainstream? Dominando as paradas? As duas eram tão desconhecidas e underground como suas bandas favoritas são hoje. Mas elas alcançaram seu sucesso por esforço, saindo em extensas e intermináveis turnês. E elas tocam e agradam milhões ao redor do mundo. Por sinal, elas são, de certa maneira, muito mais admiráveis do que suas bandinhas que só você conhece. Afinal qual pressão é maior? Tocar num lugar para 100 pessoas, ou tocar numa arena para 60.000 pessoas? Acha que é fácil fazer com que todas elas cantem em únissono suas músicas?

O mesmo vale para filmes. Respeito demais o trabalho de caras como Almodovar, que faz (bons) filmes, dificeis de assistir, e mesmo assim, mantém seu público fiel. Mas admiro ainda mais caras como Christopher Nolan, que tem a capacidade de fazer um filme complexo, inovador, inteligente como "A Origem" e ainda assim ser um campeão de bilheteria, arrastando multidões para o cinema, e superando marcas como Shrek e Crepúsculo.

Então, tenha seu gosto peculiar. Ele é SEU gosto, e você tem o direito de gostar do que quiser. Mas não seja um chato. Não se ache superior à aquilo que você critica. O mainstream tem sua dose de porcarias. Mas tem sua dose de genialidade e coragem também. Afinal, eles que estão sob a luz dos holofotes, no palco principal, não chegaram lá a toa.


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