E aí manolos e manolas,
tudo na paz? A postagem de hoje não será minha (Belchi Machado) e nem do André
Fiel, mas de Isabelle França. O texto é sobre... Ah, leiam, filme que é contado
antes de ser visto perde a graça! :P Só digo que o texto é fantástico, e se alguém
se sentir ofendido, por favor, não se sinta assim, é só a verdade! Então, lá
vai:
A incapacidade não
significa exatamente o “não conseguir fazer”. Significa, na maioria das vezes,
o “copiar por preguiça de fazer”. No decorrer do período evolutivo do ser
humano foram desenvolvidos três pontos principais que nos distingue dos outros
mamíferos: o polegar opositor, o caminhar sobre duas pernas e o desenvolvimento
acentuado do sistema nervoso central, que nos concedeu a dádiva de possuir um raciocínio lógico e crítico. Vamos
destrinchar então estes presentes evolutivos que “ganhamos” através dos
séculos.
Se alguém perde o polegar por
consequência de um acidente de trabalho, por exemplo, ele não deixará de ser
consciente, um ser pensante, mas com certeza perderá significativas
habilidades. Se outra pessoa nasce com uma deficiência que lhe causou má
formação dos membros inferiores, ela não conseguirá caminhar, logicamente,
sobre duas pernas naturais, perdendo então a função do bipedismo, mas ainda
assim continuará a ser um ser consciente e crítico. No entanto, se essas duas
pessoas possuírem o polegar opositor intacto e os membros inferiores sem
alterações que gerem perda de função, mas se forem recipientes de um dos sete
pecados capitais, a preguiça, o qual lhes impede de mover tais membros, mesmo
possuindo polegar e pernas, estes seriam inúteis e eles seriam deficientes por
opção.
Acompanhe o raciocínio: se outra
pessoa então é representante da porcentagem dos humanos que evoluíram - e não
sofreram acidentes - e possuem o sistema nervoso central intacto e apto a
funcionamento, mas que, por opção ou ação daquele pecado capital inconveniente
chamado preguiça, prefere não fazer uso dos recursos que este sistema lhe
oferece, e ao invés de desenvolver uma crítica própria ou formar uma opinião
pessoal optam por copiar a crítica do outro ou incorporar a opinião do outro
como filosofia de vida, deduzo, então, que este ser é um deficiente mental por
opção; aquele que possui o instrumento de trabalho, mas prefere não utilizá-lo.
Provavelmente esses deficientes não
lerão até o fim, então eu não preciso me preocupar com os que vão fazer a
carapuça servir com o texto. Mas se você for daqueles que leem a primeira e as
últimas linhas para ver apenas o desfecho final da história, não fique triste,
pelo menos você é bípede e ainda faz uso do seu polegar opositor.