segunda-feira, 5 de novembro de 2012

It's "involution", baby!


E aí manolos e manolas, tudo na paz? A postagem de hoje não será minha (Belchi Machado) e nem do André Fiel, mas de Isabelle França. O texto é sobre... Ah, leiam, filme que é contado antes de ser visto perde a graça! :P Só digo que o texto é fantástico, e se alguém se sentir ofendido, por favor, não se sinta assim, é só a verdade! Então, lá vai:

A incapacidade não significa exatamente o “não conseguir fazer”. Significa, na maioria das vezes, o “copiar por preguiça de fazer”. No decorrer do período evolutivo do ser humano foram desenvolvidos três pontos principais que nos distingue dos outros mamíferos: o polegar opositor, o caminhar sobre duas pernas e o desenvolvimento acentuado do sistema nervoso central, que nos concedeu a dádiva de possuir um raciocínio lógico e crítico. Vamos destrinchar então estes presentes evolutivos que “ganhamos” através dos séculos.

Se alguém perde o polegar por consequência de um acidente de trabalho, por exemplo, ele não deixará de ser consciente, um ser pensante, mas com certeza perderá significativas habilidades. Se outra pessoa nasce com uma deficiência que lhe causou má formação dos membros inferiores, ela não conseguirá caminhar, logicamente, sobre duas pernas naturais, perdendo então a função do bipedismo, mas ainda assim continuará a ser um ser consciente e crítico. No entanto, se essas duas pessoas possuírem o polegar opositor intacto e os membros inferiores sem alterações que gerem perda de função, mas se forem recipientes de um dos sete pecados capitais, a preguiça, o qual lhes impede de mover tais membros, mesmo possuindo polegar e pernas, estes seriam inúteis e eles seriam deficientes por opção.

Acompanhe o raciocínio: se outra pessoa então é representante da porcentagem dos humanos que evoluíram - e não sofreram acidentes - e possuem o sistema nervoso central intacto e apto a funcionamento, mas que, por opção ou ação daquele pecado capital inconveniente chamado preguiça, prefere não fazer uso dos recursos que este sistema lhe oferece, e ao invés de desenvolver uma crítica própria ou formar uma opinião pessoal optam por copiar a crítica do outro ou incorporar a opinião do outro como filosofia de vida, deduzo, então, que este ser é um deficiente mental por opção; aquele que possui o instrumento de trabalho, mas prefere não utilizá-lo.

Provavelmente esses deficientes não lerão até o fim, então eu não preciso me preocupar com os que vão fazer a carapuça servir com o texto. Mas se você for daqueles que leem a primeira e as últimas linhas para ver apenas o desfecho final da história, não fique triste, pelo menos você é bípede e ainda faz uso do seu polegar opositor.

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